Suriname: O Tesouro Escondido da América do Sul
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O Suriname é um pequeno país na costa nordeste da América do Sul. Ele é definido por vastos espaços de florestas tropicais, pela arquitetura colonial holandesa e pela cultura diversificada. Na costa do Atlântico, fica a capital Paramaribo, onde jardins de palmeiras crescem perto do Forte Zeelandia, um entreposto comercial do século XVII. Paramaribo também abriga a Catedral Basílica de São Pedro e São Paulo, uma alta catedral de madeira consagrada em 1885.
Enquanto os holofotes turísticos se voltam para destinos mais populares da América do Sul, um pequeno país tropical permanece como um dos segredos mais bem guardados do continente: o Suriname. Encravado entre o Brasil, a Guiana e a Guiana Francesa, este território surpreende por sua extraordinária diversidade cultural, florestas intocadas da Amazônia, e uma história marcada por encontros entre povos de todos os cantos do mundo.
INFORMAÇÕES GERAIS
- Nome oficial: República do Suriname
- Capital: Paramaribo
- Idioma oficial: Neerlandês (Holandês)
- Moeda: Dólar do Suriname (SRD)
- População: Aproximadamente 600 mil habitantes
- Localização: América do Sul (entre o Brasil, Guiana e Guiana Francesa)
- Religiões principais: Hinduísmo, Cristianismo, Islamismo
- Clima: Equatorial (quente e úmido o ano todo)
Com uma população que fala mais de cinco línguas no cotidiano e celebra o Diwali, o Eid e o Natal lado a lado, o Suriname é muito mais do que uma ex-colônia holandesa: é um vibrante mosaico humano cercado por natureza exuberante, rios imensos e uma herança colonial única.
Diwali:
É o festival das luzes, também conhecido como Deepavali, e é um dos feriados mais importantes do hinduísmo.
-Celebra a vitória da luz sobre a escuridão, do bem sobre o mal e do conhecimento sobre a ignorância.
– É um festival de cinco dias que ocorre entre outubro e novembro, de acordo com o calendário hindu.
-Durante o Diwali, as casas são iluminadas com lâmpadas de óleo (diyas), fogos de artifício são lançados, e as pessoas se reúnem com a família para comer e trocar presentes.
Eid:
–Eid é o nome genérico para as celebrações muçulmanas que marcam o fim de eventos importantes, como o Ramadão (Eid al-Fitr) ou o Hajj (Eid al-Adha).
-“Eid” significa “festival” ou “banquete” em árabe.
-No Suriname, o Eid al-Fitr e o Eid al-Adha são feriados nacionais, sendo o primeiro comemorado após o Ramadão e o segundo após o Hajj.
-Os muçulmanos comemoram estas festas com orações, celebrações e festas, muitas vezes incluindo a troca de presentes e a visita a famílias e amigos.
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Em resumo, o Diwali e o Eid são feriados importantes no Suriname, celebrados pela comunidade hindu e muçulmana, respectivamente, cada um com suas tradições e significados únicos.
Um pouco de história
HISTÓRIA DO SURINAME
= Colonização inicial (século XVII):
- O território foi disputado por ingleses e holandeses.
- Em 1650, os ingleses fundaram uma colônia.
- Em 1667, os holandeses tomaram o controle após um tratado com os ingleses (Tratado de Breda), trocando o Suriname pela colônia de Nova Amsterdã (atual Nova York).
= Domínio holandês (século XVII a XIX):
- Tornou-se uma colônia da Holanda e foi fortemente explorado economicamente.
- A economia baseava-se em plantações (açúcar, café, cacau) e uso de trabalho escravo africano.
= Abolição da escravidão (1863):
- A escravidão foi oficialmente abolida, mas os ex-escravizados tiveram que trabalhar por mais 10 anos em regime de transição (contratual).
= Imigração de trabalhadores contratados:
- Após a abolição, o país recebeu imigrantes da Índia, Indonésia (javaneses), China e outros lugares para trabalhar nas plantações.
= Crescimento da diversidade étnica:
- A mistura de povos africanos, indígenas, europeus, indianos, javaneses e chineses formou a sociedade multiétnica do Suriname atual.
= Independência:
O Suriname tornou-se independente da Holanda em 1975.
Conflitos internos: Passou por ditaduras militares e conflitos étnicos nos anos 1980.
CULTURA E COSTUMES
- Diversidade étnica: População composta por descendentes de africanos, indianos, javaneses, indígenas, chineses e europeus.
- Culinária: Mistura de influências africanas, indianas, javanesas e indígenas. Pratos típicos incluem:
- Roti (indiano) – refere-se a um pão achatado, similar a uma tortilla ou chapati, que é frequentemente usado como base para pratos como frango ao curry ou outros pratos indianos. Pode também ser usado como um wrap para carnes ou outros recheios, como no caso do “roti wrap”.
Pom (afro-surinamês) – refere-se a um prato tradicional da cozinha surinamesa, um tipo de caçarola à base de frango, suco de cítricos e uma raiz local chamada “pomtajer” (também conhecida como raiz de orelha de elefante ou taro). É um prato popular.
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Saoto soep (sopa javanesa)
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- Festas tradicionais:
- Holi Phagwa (festa hindu das cores)
- Keti Koti (comemoração da abolição da escravatura)
- Dia da Independência (25 de novembro)
- Línguas faladas: Além do neerlandês, muitos falam sranan tongo (língua crioula), hindi, javanês, inglês e português.
PRINCIPAIS CIDADES
- Paramaribo: Capital e maior cidade, com arquitetura colonial holandesa e vida cultural vibrante. Paramaribo é a capital do Suriname, nas margens do rio Suriname. É conhecida pelos edifícios coloniais holandeses de madeira ornamentada, no centro. Nas margens do rio, o Forte Zeelandia, do século XVII, alberga o museu Surinaams Museum, com exposições sobre a história da região. Nas proximidades, o Palácio Presidencial, construído em madeira e pedra, está voltado para a Praça da Independência e rodeado pelo Jardim das Palmeiras, um parque público.
Nieuw Nickerie: Segunda maior cidade, situada no Oeste, próxima da fronteira com a Guiana. Nieuw-Nickerie (uitspraak Nieuw-Nickéérie) fica no centro da cidade do Suriname, na praça principal do distrito de Nickerie, localizado no link [margem esquerda] do rio de Nickerie. A cidade foi o ponto final da ligação Oost-West do Suriname. Em 2012, houve um resort gelijknamige [resort de mesmo nome], com muitas pessoas e também com sede, 12.818 visitantes. No centro, perto dos distritos comissariados, na Brasaplein e na Volksplein, com monumentos, um speeltuin e eetstandjes [parque infantil e barracas de comida].
Moengo: Cidade mineradora no Leste, conhecida por sua história ligada à bauxita. Cidade mineradora no Leste, conhecida por sua história ligada à bauxita. Moengo começou como uma vila Maroon no topo de uma colina com vista para o rio Cottica. O assentamento foi posteriormente abandonado devido à dificuldade de construir casas no solo rico em bauxita. Em 1916, a Alcoa fundou a primeira mina de bauxita no Suriname, e isso marca o início da cidade atual. Moengo foi projetada em 1919 para abrigar 4.000 pessoas. Tornar-se-ia um importante centro de mineração e armazenamento de bauxita.
- Lelydorp: Próxima à capital, em crescimento populacional e infraestrutura. Lelydorp é a capital do distrito de Wanica, localizado no Suriname. Com uma população de 15.576, é a segunda maior cidade do Suriname, depois de Paramaribo. A cidade foi originalmente chamada Kofi Djompo mas foi renomeada para Cornelis Lely e, desde então é conhecida como Lelydorp.
PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS
- Centro Histórico de Paramaribo: Patrimônio Mundial da UNESCO, com prédios coloniais e igrejas antigas.
- Forte Zeelandia: Forte do século XVII usado durante a colonização.
- Reserva Natural Central do Suriname: Uma das maiores áreas protegidas da floresta amazônica.
- Brownsberg Nature Park: Parque com trilhas, cachoeiras e vista panorâmica do reservatório de Brokopondo.
- Galibi Nature Reserve: Ideal para ver tartarugas marinhas desovando entre fevereiro e agosto.
- Rios e Florestas Amazônicas: Rios como o Suriname e o Marowijne são ideais para ecoturismo e passeios de barco.
COMO CHEGAR AO SURINAME
- Voos internacionais:
- O principal aeroporto é o Aeroporto Internacional Johan Adolf Pengel (PBM), cerca de 45 km ao sul de Paramaribo.
- Voos diretos da Guiana, Guiana Francesa, Holanda (Amsterdã) e conexões com o Caribe e EUA.
- Do Brasil:
- Não há voos diretos do Brasil. A rota mais comum é via Guiana Francesa (Cayenne) ou Guiana (Georgetown), por terra ou avião.
- Também é possível ir via Paramaribo a partir de conexões em cidades caribenhas.
DICAS DE VIAGEM
- Melhor época para visitar: Estações secas (fevereiro a abril e agosto a novembro).
- Vacinas: Febre amarela é exigida.
- Segurança: País relativamente seguro, mas atenção em áreas urbanas à noite.
- Transporte: Táxis, ônibus locais e aluguel de carros são opções comuns.
- Visto: Brasileiros precisam de e-Tourist Card, obtido online ou na chegada ao aeroporto (verificar regras atualizadas antes da viagem).
